Na teoria, Hong Kong e Macau já são territórios chineses. Mas somente na teoria. Na prática, ambas cidades são tomadas por burocracias e ares europeus.
Chegamos a Hong Kong às 11h e fomos direto para Stanley, uma área turística próxima à praia. Queria mais (2)?! Lugar lindo. Para sentar, meditar, olhar o horizonte, comprar camisetas idiotas de turista. Um bom almoço numa brasserie francesa e em direção ao Peak. Lá, algumas coisas para ver. Pelo menos foi a indicação que recebemos da mãe Fellini paulista. Mas eu, claro, com o meu maldito guia, decidi que queria visitar o Victoria Garden. Cabeça dura, decidi e lá fomos. Como o nome diz, Peak é um morro. A parte mais alta de Hong Kong. Começamos a subir uma estrada que muito me lembrou a subida da serra gaúcha. Estranhamente, o que era para ser perto ficava cada vez mais distante. Assim como a capacidade de oxigenação da moça aqui. Logo passavam menos carros, e a estrada ficava mais estreita. Já não havia mais calçada para pedestre, e o fato de nunca ter havido ali um pedestre tomava nossa cabeça de questionamentos. Será que é aqui mesmo?! Desta vez eu não queria desistir, perder para meus mapas. Subimos até encontrar uma pequena casa, que nos assegurou que o jardim ficava, sim, naquela direção. Ou seja, para cima. O que era para ser uma caminhada de 10min virou uma aventura pela selva da ilha. Três (3) milhas depois (uma hora e meia de caminhada morro acima), chegamos ao que, na hora, já tinha se tornado Victoria F***ing Garden. Mas valeu cada gota de suor. A vista é linda. E estávamos somente nós lá, com alguns carros menos corajosos.
No retorno, uma parada para um chopp. Descemos uma parada antes do que deveria só para aproveitar a passagem. Sorte. Chegamos à rua dos bares com mais facilidade. Aquilo é uma pequena Londres, como o resto da cidade. Escolhemos um bar beeem chinês para começar o Happy Hour. A China gosta muito de Happy Hours e Ladies' Nights. Sentamos e a vista não era das mais agradáveis - mas hilária. Lembra do que eu falei sobre a revolução sexual chinesa?! Pois... Ao vivo e em cores... Wow!
Segundo bar foi vítima da malandragem brasileira. Caminhando, escuto um rosnar. Uma moça quer me entregar um folheto. Sorrio, agradeço, e sigo andando. Mas algo passou pela cabeça e resolvi olhar de novo: Free beer. Okay. Pegamos um cupom que nos levou a um bar de Rugby. Okay. Este detalhe aside, foi legal beber um pint de graça e jogar uma conversa fora com o barman...
Ladies' Night no bar dos barmen do Nepal. Sem comentários. Tomamos Cosmopolitans enquanto apreciávamos a vista. Esta, sim, valeu a pena. E cada segundo de dor de cabeça da mistura no dia seguinte.
Voltamos para Macau a meia noite, cheias de fotos. Foi um dia especial. Hong Kong vale a pena. É uma China para turista ver. Organizada, simpática, cheia de placas. Melhor andar por ali. Mapas são dispensáveis...
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